Em 1922, arqueólogos britânicos encontraram a primeira tumba intacta de um faraó no mundo: a tumba do Rei Tutancamon.

Rapidamente o “Rei Tut” tornou-se um fenômeno midiático na Europa e nos Estados Unidos. Músicas, livros e filmes foram produzidos em sua homenagem: era uma verdadeira Egitomania.

Na sociedade britânica, os homens passaram a vesitr casacos com botões com a forma de cabeça de Tutancamon, enquanto as mulheres usavam broches no cabelo com forma de escaravelhos. Os pertences encontrados na tumba do faraó, como cadeiras, jóias e estátuas, revolucionaram a arquitetura e a moda europeia.

Edifícios britânicos foram construídos com colunas egípcias em suas fachadas, com seus interiores com móveis inspirados nos pertences Tutancamon. O fascínio com o Egito chegou a tal ponto que um escocês, chamado de James Alexander, iniciou uma campanha de arrecadamento público para construir um navio e transportar um obelisco de mais de 200 toneladas do Egito até Londres.

Sua mobilização foi um sucesso, sendo o motivo pelo qual existe um obelisco egípcio no meio de Londres.

O fascínio dos britânicos com o Egito também revelava uma profunda preocupação da sociedade vitoriana: o Egito, uma das civilizações mais poderosas do mundo, agora era uma nação de ruínas. Os ingleses, queriam evitar que o Império Britânico colapsasse de forma semelhante.

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Fontes: (3)

1: Egyptomania: Our Three Thousand Year Obsession with the Land of the Pharaohs – Bob Brier
2: The Business of Tourism Place, Faith, and History, Philip Scranton e Janet F Davidson
3: The East as an Exhibit – Waleed Hazbun

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Dicas Culturais (12)

1: Perfil de Marcia Jamile

Arqueóloga especialista em Egito Antigo, possui o canal Arqueologia pelo Mundo, participa do canal Nerdologia e HarperCollins.

2: Sun Ra, (2013)

Compositor de jazz americano, líder de banda, pianista e sintetizador e poeta conhecido por seu trabalho experimental. Esse titã faraônico da música black americana, esse artista musical, e visual, que é uma das potências por trás do movimento do afrofuturismo estadunidense, ele tinha como forte referencial cultural a arte e a história egípcia. Toda a carreira musical dele é fascinante, mas a gente tem que indicar obrigatoriamente o álbum “Space Is The Place”, de 1973, que mistura Jazz com egito, temas espaciais e música experimental

3: “A Múmia” (1999)

Protagonizado pelos charmosos Brendan Fraser e Rachel Weisz. O casal de arqueólogos, ao trabalhar numa escavação na antiga cidade de Hamunaptra, acordam accidentalmente a uma múmia do sacerdote Imotep que não quer apenas voltar a vida e adquirir poder, mas também quer trazer de volta a vida a sua amada.

4: “Das Weib des Pharao” (1922)

Um filme alemão dirigido pelo excelente Ernst Lubitsch. No filme, um rei etíope oferece sua filha a um poderoso faraó, para garantir a paz entre os dois países, mas esse relacionamento forçado gera drama e umas tretas palacianas bastante complicadas. Apesar de ser um filme alí do início da história do cinema, ele impressiona por causa de cenários gigantescos e luxuosos construídos para as filmagens.
5: “O Escorpião Rei” (2002)

Nessa obra prima, fundamentalmente baseada em fatos muito reais, a gente vê o ator The Rock interpretar um mercenário suado e parrudo chamado Mathayus. Sim, o cara mata tanto que tem mata até no nome. Um dia, a tirania do terrível rei Memnon, que governa a cidade de Gomorra, leva Mathayus a pegar em armas contra ele, e nessa jornada ele se torna um poderoso guerreiro e futuro rei do Egito, o escorpião rei.
6: “O Príncipe do Egito” (1998)

No clássico filme da Dreamworks, o príncipe egípcio Moisés aprende sobre sua identidade, descobre que é hebreu, e descobre seu destino de se tornar o libertador escolhido por seu povo.
7: “Santo en la venganza de la momia” (1971)

Um filme mexicano do notório diretor de filmes trash, René Cardona. O filme é parte da série de filmes protagionizados pelo icone pop mexicano, o lutador de luta livre o “Santo”. Nesse filme o lutador e super-herói Santo, junto de sua equipe, perturbam a tumba há muito perdida de um guerreiro asteca mumificado, e aí eles liberam uma maldição que começa a ceifar suas vidas um por um
8: ” Tomb Raider IV: The Last Revelation” (1999)

O jogo acompanha as aventuras da arqueóloga Lara croft em sua primeira missão no egito, enquanto ela corre para aprisionar o deus egípcio Set, depois de libertá-lo acidentalmente. A jogabilidade apresenta Lara navegando em níveis divididos em várias áreas e complexos de salas, lutando contra inimigos e resolvendo quebra-cabeças para progredir em sua missão.
9: “Nefertari: Journey to Eternity” (1999)

Um jogo de VR, podendo ser jogado no computador, pela Steam, que leva seus jogadores a uma jornada imersiva de exploração numa versão realista e detalhada da tumba da rainha Nefertari. No jogo, uma lamparina é a única fonte de luz para te iluminar nas partes mais escuras desta tumba. Graças à tecnologia de ponta usada para criar o jogo, os jogadores podem explorar a arte desta magnífica tumba com precisão milimétrica, enquanto também aprendem sobre sua fascinante construção, mitologia e história.
10: ” Predynastic Egypt” (2016)

Um fascinante jogo para PC de simulação histórica, onde os jogadores poderão explorar o Egito antes que houvesse pirâmides ou tumbas, e terão que liderar sua tribo egípcia por todas as dificuldades do mundo antigo, tendo que lidar com epidemias, guerras e cerimônias religiosas, enquanto exploram um mapa construído com precisão do Egito Antigo. Os jogadores também podem construir casas, templos e túmulos historicamente precisos e guiar sua nação para um futuro glorioso.
11: ” Remember the Time” (1991)

No clipe e a música eterna Remember the Time, tem Egito, tem faraós, tem Ed Murphy, tem areia, talaricagem e Michael Jackson.
12: The History of Egypt Podcast

Este podcast (em inglês) conta a história do antigo Egito, “em suas próprias palavras”. Usando textos, arte e arqueologia, descobrimos o mundo do Vale do Nilo e seu povo.