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O Japão Feudal e o Xógum #116

🇯🇵 Na nova série XÓGUM, o britânico John Blackthorne aporta no Japão em 1600 e forma uma parceria com o poderoso Lorde Yoshii Toranaga.

Baseado em personagens reais, John Blackthorne foi o mercador inglês William Adams, enquanto Yoshii Toranaga é o senhor feudal Tokugawa Ieyasu

👉 No icônico ano de 1600, o Japão era uma nação dividida, controlada por diversos senhores feudais.

Depois de mais de um século de conflito, o único sobrevivente dos 3 senhores feudais que lutaram para unificar o Japão, o Tokugawa Ieyasu, iria estabelecer uma burocracia estatal, tornando-se o 1º Shogun da dinastia Tokugawa, que governaria a nação até 1868.

Esse é o período da “Sengoku Jidai”, em que o Japão entrou em uma verdadeira guerra civil por 143 anos.

Esse nosso episódio está repleto de samurais, ninjas, castelos, batalhas épicas e figuras históricas como os poderosos Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu!

Fontes (3):

1: War in Japan 1467–1615 – de Stephen Turnbull

2: War and State Building: Lessons from Medieval Japan – de John Ferejohn and Frances Rosenbluth

3: Shogun and Samurai – Tales of Nobunaga, Hideyoshi, and Ieyasu – de Okanoya Shigezane

Dicas Culturais (5):

1: Xógum, 2024

 Adaptado do autor James Clavell, o remake da série lançada em 1980 é superior em todos os sentidos, não só porque adapta melhor o romance, mas também pois preocupa-se em ser mais historicamente fiel ao período do final da Sengoku Jidai. 

Tem o pacote completo de quem gosta de história – Aventura, contexto histórico, política, intrigas e traições palacianas. É um prato cheio de informação e entretenimento, e está com nota 9,2 no IMDB, então, está bombando!

2: Os Sete Samurais, de 1954, de Akira Kurosawa

No filme, um grupo de camponeses que são constantemente atacados pela mesma gangue de bandidos, busca a ajuda de um samurai, sem muito futuro, para salvar sua vila. Ao longo do caminho outros samurais, com ou sem honra, ronins, falsos samurais e aprendizes de samurai formam um time de 7 herois, que organizam a vila e se preparam para desafiar o exército de bandidos.

3: Yojimbo, 1961, de Akira Kurosawa

Uma obra incrível, que inclusive serviu de inspiração para outra série da Disney+, o mandaloriano.

O personagem que dá título ao filme, Yojimbo, é um samurai sem mestre – um Ronin – e encontra uma cidade devastada pela guerra constante entre duas gangues que querem o controle do local, onde a população sofre com a criminalidade e exploração por parte dos bandidos. Para resolver o problema, Yojimbo faz alianças com as duas gangues, e armadilhas de maneira secreta, intensificando o conflito, para que os criminosos passem a matar uns aos outros, e por consequência, fazendo com eles se eliminem mutuamente.

4: Kagemusha, 1980, de Akira Kurosawa

Ele se passa no ano de 1572 onde Shingen Takeda, Nobunaga Oda e Ieyasu Tokugawa, três líderes militares, estão se organizando para tomar a cidade de Kyoto. Shingen parte em direcção a Kyoto, mas Nobunaga e Ieyasu unem esforços para impedi-lo. Shingen é ferido em batalha, e antes de morrer, ele ordena aos seus conselheiros que sua morte seja ocultada  durante três anos. Enquanto surgem boatos sobre sua morte, o sósia que ele havia treinado para se passar por ele acaba assumindo seu lugar, para manter os negócios do clã em funcionamento normal…o que vai se tornando insustentável à medida que o tempo passa e a pressão em cima dele aumentam.

5: Ran, 1985, de Akira Kurosawa

Para terem uma noção da grandiosidade desse filme, cenas de batalha foram filmadas com CENTENAS de cavalos e cavaleiros REAIS. Pensem em um filme da mesma escala do Duna do Denis Villeneuve, mas sem efeitos visuais. 

É absolutamente deslumbrante e foi, na época, o filme mais caro a ser realizado na história do Japão. Apesar de se passar no período Sengoku Jidai, ele é uma adaptação da peça Rei Lear, de Shakespeare, mas que aqui, dentro dos conflitos militares japoneses, encontra um cenário perfeito para ser encenada. No que concerne à fidelidade histórica, bem, eu deixo essa deixa: As armas de fogo, flechas incendiárias, uniformes, castelos, celas, maquiagem, tudo é de verdade e uma reconstrução fiel do período.

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