O Ouro Branco da Amazônia #61
No final do século 19, enquanto os barões da borracha mandavam lavar suas roupas na Europa, mais de 70% da população de Belém não tinha dinheiro para comprar um peixe no mercado.
De 1870 – 1910, a indústria da borracha foi tão lucrativa quanto a indústria do café, mas diferente do sudeste, era concentrada na mão de uma quantidade menor de indivíduos.
Fugindo da seca, quase meio milhão de nordestinos, principalmente cearenses e baianos, migraram ao Grão-Pará para trabalhar nos seringais.
Outros homens, embalados por mitos de pessoas que ficaram ricas após encontrar o “ouro branco na Amazônia” também migravam ao Norte do país.
Porém, a realidade era diferente: através do diário dos seringueiros, de estrangeiros, ou de intelectuais como Euclides da Cunha, a situação precária dos seringais da Amazônia foi amplamente registrada.
Endividados e doentes, muitos trabalhadores nunca retornaram às suas cidades de origem.
Os antigos seringueiros, antes acostumados com um trabalho de subsistência e descentralizado, viram suas liberdades e seus salários cada vez menores com a chegada do Ciclo da Borracha.
Enquanto isso, o controle de firmas aviadoras – os bancos de Belém e Manaus – só aumentava.
Ao longo do tempo, britânicos e franceses que antes consideravam a Amazônia um retrato da decadência civilizatória, agora procuravam investir pesadamente no Brasil.
Escute através dos agregadores:
Spotify: https://spoti.fi/3BBvFh4
Apple Music: https://apple.co/2ItQEJT
Google Podcasts: https://bit.ly/3jP0qX0
Deezer: https://bit.ly/3k8R3SI
____________________
Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:
Picpay: https://picpay.me/geopizza
Apoia.se: https://apoia.se/geopizza
ou Patreon: https://patreon.com/geopizza
____________________
Fontes e Dicas Culturais: Marcio Souza – História da Amazônia Do Período Pré-Colombiano aos desafios do século 21 Barbara Westphalen – A borracha na Amazônia, Expansão e Decadência, 1850-1920