O Paradoxo do Irã #19
Após a Revolução de 1979, os adeptos ao islã caíram drasticamente. O país lidera as estatísticas no Oriente Médio (após Israel) em agnósticos, índice de alfabetização e participação da mulher no mercado de trabalho. Mesmo com suas constantes ameaças de retaliação aos Estados Unidos, o presidente Rohani e até mesmo o Aiatolá Khamenei já visitaram os Estados Unidos com sua família para fazer compras e estudar. Embora o consumo de bebidas alcoólicas, cultura ocidental, redes sociais e festas sejam proibidas, em qualquer camelô de rua é possível encontrar DVDs estadunidenses.
Em qualquer café de esquina, toca música ocidental com jovens usando o Facebook em seus celulares. Em diversas residencias, ocorre festas com álcool e maconha. Se a polícia moral vier incomodar, um pequeno suborno, ou até mesmo uma cerveja resolvem o problema. Assim como o Brasil, o Irã é uma nação hipócrita e multifacetada, onde as aparências existem mais no papel do que no cotidiano. Só nele, se encontra a língua farsi, a cultura persa e uma nação de maioria muçulmana xiita.
Desde o século 19, o Império Persa foi ocupado pelos 3 impérios mais poderosos que existiam: O Império Otomano, Russo e Britânico. Após seculos de ocupação, fomes e doenças, o Império Persa estava esfacelado, acabando definitivamente com um golpe de um general militar apoiado pelos britânicos em 1925. Por mais de 50 anos, os britânicos participaram diretamente de todas decisões políticas do Irã, até a Revolução de 79.
Cardápio da semana (dicas culturais): Livro: Os Iranianos – Samy Adghirini Livro: Todos os Homens do Xá – Pedro Jorgensen e Stephen Kinzer (2004) Documentário: Iran 1919 – Al Jhazeera Documentário: 444 days – Iran Hostage Crisis Filme: Incêndios (2010) Filme: Argo (2012)
Sugestões de ouvintes: Quadrinho: Persépolis Série: Le Bureau des légendes
Auxilie o Geo a produzir mais conteúdo através do apoia.se/geopizza ou do picpay.me/geopizza