Quando a Especulação Quebrou a Inglaterra #46
Em 1720, a Inglaterra tinha a maior dívida pública do mundo.
Em uma tentativa de abate-la, o próprio rei o Parlamento envolveram-se em um esquema de corrupção que quase levou à queda da monarquia.
No século 18, Londres era o centro da Bolsa de Valores da Europa.
Europeus podiam comprar ações de diversas empresas envolvidas em comércio.
Enquanto isso, a Espanha, inimiga histórica da Inglaterra, intensificava a colonização da América Latina.
Para ultrapassar os espanhóis e resolver seu endividamento, em 1711 a Coroa Britânica criou a Companhia dos Mares do Sul.
A empresa deveria pagar toda a dívida da Inglaterra, recebendo o monopólio do comércio na América do Sul.
De capital aberto, a companhia rapidamente foi alvo de marketing e propaganda, prometendo grandes lucros à todos que investissem em suas ações.
Ingleses iludidos com as riquezas do continente americano, compravam ações aos montes, levando a um aumento do preço das ações.
Paradoxalmente, a Mares do Sul não produzia nenhum valor: sua valorização ocorreu apenas por euforia.
Em abril de 1720, uma ação valia £300.
Em julho, cerca de £1000.
Os diretores da empresa e o próprio rei George evitavam que o preço caísse, pois a ruína da empresa significaria o aumento da dívida do país.
Porém, de nada serviu: boatos circularam que a companhia era apenas uma bolha promovida pelo próprio governo.
Em agosto de 1720 a ação foi de £1000 para menos de £200.
Pessoas como John Locke e Isaac Newton perderam milhares de libras no esquema.
Newton comentou que “é possível calcular os movimentos dos corpos celestes, mas não a loucura das pessoas por causa da Mares do Sul.”
Fontes:
The South Sea Company: The History of the British Empire’s South American Stock Company
Fontes:
Resumos gerais: https://bit.ly/3qGqFTP, https://bit.ly/37zxsqN e https://bit.ly/3dHnEyC
Efeitos econômicos da bolha: https://discovery.ucl.ac.uk/id/eprint/12397/1/12397.pdf