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A Amazônia Pré-Colonial #43

Durante muito tempo, a Amazônia foi chamada de “inferno verde”.

Por estar em uma floresta tropical de solo infértil, a região impossibilitaria o surgimento de grandes civilizações, diferente do México ou dos Andes.

Porém, essa visão está cada vez mais equivocada.

Estima-se que no ano 1500, mais de 8 milhões de nativos habitavam a Amazônia, podendo chegar até 10 milhões.

Os indígenas moravam em grandes concentrações populacionais, áreas muradas e pavimentadas que ligavam-se uma com as outras.

Um dos maiores registros dessas habitações são os famosos geoglifos.

Os geoglifos são grandes depressões geométricas feitas no solo com 2 – 3 metros de profundidade, na forma de quadrados, círculos, triângulos ou retângulos.

Cada um deles demarcava um espaço de vivência – templos, áreas de lazer, ou residências.

Mais de 800 deles foram mapeados até agora, construídos entre os séculos 1 e 10.

Antigamente, também pensava-se que a flora amazônica era um território intocado pela ação humana, porém esse é outro ponto equivocado.

Mais de 85 espécies de plantas foram domesticadas pelos indígenas, como o milho, cacau, batata-doce, mandioca, castanha-do-pará, açaí e várias outras.

Mesmo com a colonização, a Amazônia permaneceu como um lugar densamente povoado até o fim do século 18.

As doenças europeias levaram a uma diáspora e genocídio de seus habitantes.

Em 1720, o bandeirante Antônio Pires de Campo que visitou o norte do Mato Grosso e escreveu:

“Esses povos existem em um número tão enorme que não é possível contar seus povoados ou aldeias.

Muitas vezes em um dia de marcha passa-se por 10 a 12 aldeias e em cada uma há de 10 a 30 habitações.

Até mesmo suas ruas, que eles fazem bem retas e largas são mantidas tão limpas que não se encontra nenhuma folha caída. “

No século 19, com o aumento do povoamento de Manaus, Belém e Porto Velho, a Amazônia começou a ser vista como um lugar hostil, um grande “vazio demográfico” cunhando o termo “inferno verde”.

Mais de 3 mil sítios arqueológicos foram mapeados até agora na Amazônia, todas habitações de povos pré-colombianos de diferentes tronco-linguísticos.

Cardápio da Semana (dicas culturais) Indígenas infleencers: https://www.instagram.com/alice_pataxo/ https://www.instagram.com/ukaarteindigena/ https://www.instagram.com/tukuma_pataxo/ PDF do Iphan sobre Geoflitos:

https://bit.ly/3hYAjxq

Entrevista Eduardo Neves: http://bit.ly/2Lm3YVj

TED-EX Eduardo Neves:

https://bit.ly/3i0FxZB

Fontes (por tópico): Amazônia Geral: Livro Márcio Souza – História da Amazônia – Do período pré-colombiano aos desafios do século XXI

Amazônia pré-colonial: Livro 1499 – Reinado José Lopes Resumos gerais: https://bit.ly/3i0zc01 http://bit.ly/2LFOjjp http://bit.ly/2XqKRMl http://bit.ly/35r0EPy http://bit.ly/3q3efVe

Ilha de Marajó:

https://laart.art.br/blog/arte-marajoara/

https://bit.ly/2Li5Qyu

Monólitos do Amapá:

http://bit.ly/2XqQrhN

Castanheiras: http://bit.ly/2Xsme1S

Fazendeiro apagando geoglifos:

http://glo.bo/2MKeiGZ

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