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Joana D’Arc e Gilles de Rais #118

Camponesa, guerreira e santa, Joana D’Arc foi uma das principais líderes na Guerra dos 100 anos.

Embora fosse apoiada pelo povo francês, ela era desprezada pela nobreza, que considerava uma mulher no campo de batalha uma “blasfêmia” diante de Deus, principalmente utilizando “roupas masculinas”.

Um dos poucos nobres que pensava diferente era o barão Gilles de Rais, que apoiou várias campanhas militares da jovem adolescente com dinheiro, soldados e muitas vezes, a socorreu.

Embora unidos no campo de batalha, Joana e Gilles não podiam ser mais diferentes: um enorme abismo social os separava e consequentemente, seus objetivos para a França também.
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Fontes (3);

1: Joan of Arc : a history, de Helen Castor

https://archive.org/details/joanofarchistory0000cast/page/n9/mode/2up

2: Procès de condamnation de Jeanne d’Arc dite La Pucelle d’Orléans, de Thomas de Courcelles , Guillaume Manchon, Pierre Cauchon e Auguste Vallet de Viriville

https://archive.org/details/procsdecondamna00virigoog/page/n6/mode/2up

3: Bluebeard: The Life and Crimes of Gilles de Rais”, de Leonard Wolf

https://archive.org/details/bluebeardlifecri00wolf/page/n5/mode/2up

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Dicas Culturais (4):

1: “Joan the Maid 1: The Battles”, de 1994

Mostra a origem e as guerras onde Joana D’arc se envolveu, e depois tem “Joan the Maid 2: The Prisons”, onde é mostrada a prisão e seu julgamento. Ambos os filmes são dirigidos pelo cineasta francês Jacques Rivette, e são filmes com excelentes notas no IMDB. Existem dezenas de outros filmes sobre a vida da santa guerreira, mas esses dois aqui conseguem fazer um retrato historicamente bastante fiel ao que de fato aconteceu, por isso a gente recomenda eles aqui.

2: O Rei, The King, de 2019.

No filme, o jovem Hal, um príncipe rebelde e relutante herdeiro do trono inglês, deu as costas à vida real e está vivendo entre o povo. Mas quando seu pai tirânico morre, Hal é coroado rei Henrique V e é forçado a abraçar a vida da qual havia tentado escapar. Agora, o jovem rei deve navegar pela política do palácio, pelo caos e pela guerra que seu pai deixou para trás, e pelas tretas emocionais de sua vida passada – incluindo seu relacionamento com seu amigo mais próximo e mentor, o idoso cavaleiro alcoólatra, John Falstaff.

3: The Last Duel, o último duelo, de 2021

Um filme que, apesar de ser dirigido por Ridley Scott, é um bom filme. Baseado em um evento real, nessa obra a gente acompanha o Cavaleiro Jean de Carrouges, que deve resolver uma disputa sobre sua esposa, Marguerite, desafiando seu ex-amigo para um duelo até a morte.  Esse filme, apesar de não ter nada a ver com o Joana D’Arc e Gilles de Rais, ele resume muito da podridão dos hábitos das famílias de nobres do século 15: casamentos arranjados por motivos financeiros, esbanjamento de dinheiro dos outros, a morte como espetáculo, o papel feminino neste mundo brutal, a relação direta entre a igreja e o rei, as disputas territoriais entre nobres que vivem fazendo farra, enfim, é um prato cheio para quem gosta de história medieval.

4: Henrique V (1989), dirigido por Kenneth Branagh.

Sim, eu sei que é uma adaptação da peça de Shakespeare, mas o filme é uma tentativa bastante efetiva de deixar mais realista a peça. A história desse filme nos coloca no meio da fase final da Guerra dos Cem Anos, onde o jovem rei Henrique V, da Inglaterra, embarca na missão de conquista da França em 1415. O legal dessa obra é mostrar o lado inglês do conflito, algo que a gente não abordou muito nesse episódio.

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