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A Urbanização do Brasil Colonial #38

Por que a maioria das capitais brasileiras são cheias de ruas curvas, construídas em terrenos íngremes?

Até o século 18, os portugueses viam suas colônias como latifúndios, voltada a vida rural, fundando suas cidades em baías e penínsulas que ofereciam ampla vantagem aos indígenas.

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Com a instituição das capitanias hereditárias, os portugueses priorizaram exclusivamente o comércio, proibindo atividades característica da vida urbana, como universidades ou gráficas.

Os municípios baseavam-se no plano urbano de Lisboa, Porto e Vila Nova – locais construídos em terrenos íngremes, com traçados medievais, influenciadas pela característica moura árabe.

Enquanto isso nos andes e no caribe, a legislação espanhola ditava que as cidades deveriam ter um formato xadrez, com rígidas especificações da localização das áreas comerciais e residenciais.

Além de basearem-se na extração do ouro, as cidades espanholas eram também centros culturais e universitários.

Em 1535 os espanhóis publicaram 252 livros na América Latina, com gráficas em Buenos Aires, Cidade do México e Lima, formando 7.850 bacharéis e 473 doutores no século 18.

Enquanto isso, não havia gráficas no Brasil até 1745 e universidades até 1808.

Além disso, os espanhóis entraram em contato com civilizações indígenas que vivam em grandes centros urbanos, como o Império Inca em Cuzco e a Confederação Asteca em Tenochtitlán.

A cidade espanhola era construída de maneira de impedir a revolta dos nativos, edificadas em cima de munícipios indígenas.

Ao longo dos séculos no Brasil, o crescimento exponencial da população explicitou a falta de infraestrutura do país, que perto do século 20 ainda dispunha de uma malha urbana colonial.

O país era incapaz de comportar tecnologias como eletricidade, saneamento básico e carros.

Em obras de urbanização aceleradas, Recife Rio de Janeiro e São Paulo destruíram edificações com mais de séculos de idade.

A criação de novos bairros para a classe média-alta também intensificou os processos de segregação das classes baixas.

Dicas Culturais (3):

1: Livro (In) Justiça Juvenil

2: Boa Ventura, a Corrida do Ouro no Brasil – – Luís Figueiredo,

3: Betina Schurman – Artigo a Urbanização Colonial da America Latina

Fontes (4):

1: Artigo Betina Schurmann Urbanização colonial na América Latina
2: A Cidade Portuguesa e a Cidade Espanhola na América – Orlando Ribeiro
3: Teoria, historia e critica da arquitetura e do urbanismo brasileiro Ana Paula de O.Zimmermann – PUCG
4: Relatos de Pero Vaz de Caminha
5:Tomé de Sousa Escravizados em Portugal inicio Idade Moderna

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